
A Quinta da Eira Velha faz renascer os sabores e sensações de outras eras com a inovação dos nossos dias.
A história da Eira Velha
A Quinta da Eira Velha ocupa um espaço onde a lavoura é exercida, de forma consistente, desde o início do sec. XVIII. Provam-no uma série de edificações: três eiras, lagar, cinco palheiros e, principalmente, a data de 1741, inscrita na pedra sobre a porta do lagar.


A história da Eira Velha
A Quinta da Eira Velha ocupa um espaço onde a lavoura é exercida, de forma consistente, desde o início do sec. XVIII. Provam-no uma série de edificações: três eiras, lagar, cinco palheiros e, principalmente, a data de 1741, inscrita na pedra sobre a porta do lagar.
A eira de maior dimensão (132m2), muito antiga, deu o nome à propriedade. A construção de todas as infra-estruturas agrícolas, em suave elevação do terreno, afastava da humidade os cereais e proporcionava a necessária ventilação bem como o controlo das tarefas agrícolas.
Pertence a Eira Velha ao Carqueijal, um dos lugares mais antigos da Torredeita. No primeiro livro de baptismos da Paróquia (sec. XVII) já constam registos de moradores do Carqueijal, topónimo indicando a abundância de carqueija, com a qual se acendiam os fornos e perfumavam algumas iguarias.
Situado na ponta de uma dobra mais elevada do terreno, o Carqueijal é bem o centro da Freguesia, separando as terras da banda de cima (Routar e Vila Chã do Monte) das da banda de baixo (Casal, Vilas Covas, Escouras e Magarelas). O povoado é um pequeno aglomerado de casas beirãs, rústicas de pedra, com sobrado e poucas aberturas, cujos habitantes mantêm hortas de subsistência, onde outrora se cultivava largamente o milho, o vinho e o azeite (existem 6 eiras e 15 lagares).
Envolvida pelo Casario, sobressai a chamada “Casa Grande”, toda construída em pedra, no último quartel do sec. XIX. De frontaria simples mas elegante e equilibrada, ressaltam as cantarias trabalhadas, emoldurando janelas e portas.
Viveram aí os nossos avós José Pereira Cardoso e D. Maria da Encarnação de Matos Leitão, recordados pela sua honestidade e generosidade.
Após obras de restauro e adaptação pela atual proprietária, Fundação Joaquim dos Santos, a “Casa Grande” do Carqueijal veio abrigar a sede do Rancho Folclórico de Torredeita, de grande nomeada no país e no estrangeiro, e alunos da Escola Profissional de Torredeita.
No espaço agora ocupado pela “Casa Grande”, mas em habitação já desaparecida, viveu José Lourenço Leitão, natural de Farminhão e Alferes do Regimento de Milícias de Viseu, onde serviu de 1793 a 1807.
Neste mesmo ano, na Igreja matriz de Santa Maria de Torredeita, casou com D. Brígida Maria do Rosário Mattos de Figueiredo, natural do Carqueijal, filha de Manuel Esteves, nascido no Carqueijal em 1742 e de Maria de Mattos de Figueiredo, do Casal das Escouras. Foi, portanto, o pai deste nosso tetravô, também chamado Manuel Esteves e nascido em 1698, que mandou construir a Eira Velha e a casa onde viveu sua neta casada, com o Alferes Lourenço Leitão.
Deste enlace nasceu a descendência invulgar de 15 filhos e, entre eles, Brígida de Jesus Lourenço Leitão (1831) que viria casar, em 1864, com José Justino Pereira de Mattos, filho de outro José Justino P. M., Alferes de Ordenanças da Capitania-Mor de Ansemil (1829), terratenente em Torredeita e Vasconha e dono da Casa Grande de Vila Chã do Monte, onde nasceu a avó Maria da Encarnação.
Recebida por herança de meu pai, Rogério Leitão Cardoso (1906-1992), a Quinta da Eira Velha, uma propriedade agrícola de quatro hectares, foi objeto e diversos investimentos, merecendo destaque o projeto PAMAF (1999) de reforma do primitivo pomar, com plantações de macieiras (Gala, Golden e Reineta) obedecendo a modernas técnicas de instalação, plantio, condução, tratamento e rega. A aquisição de novos terrenos determinou um segundo projeto, AGRIS, (2005) visando a compra de máquinas e uma plantação de macieiras Bravo.
Desejando a permanente monitorização e qualificação dos produtos, a Quinta da Eira Velha, associada da Cooperativa Agrícola dos Fruticultores da Beira Alta, segue, desde 2004, os preceitos e recomendações da Produção Integrada, levando a cabo uma prática agrícola controlada, em defesa do meio ambiente, pelo que também é associada da APIDÃO (Associação de Produção Integrada do Dão).
Uma terceira iniciativa a destacar consistiu na recuperação da casa do lagar e de outros palheiros anexos, o que foi executado com total respeito pelas características das anteriores construções rústicas, transformando-as em locais acolhedores.
Sendo nosso objetivo transformar a Quinta numa unidade modelo, estamos abertos a visitas de quem queira informar-se sobre fruticultura. Também procedemos à recolha e divulgação de memórias e tradições e ainda à organização de percursos.
Como complemento da atividade agrícola e procurando valorizar o meio rural, iniciamos a confeção (2005) de alguns produtos artesanais, cuja comercialização principiou no “Forno”/Centro Social da Paróquia de Torredeita.
Tanto na apresentação dos doces, compotas, geleias e marmeladas, como na de bolos secos, procuramos preservar a personalidade regional dos produtos. Os doces estão protegidos pela marca “Quinta da Eira Velha” Registada no Instituto de Propriedade Intelectual (n.º 384869) e apresentam-se nas variedades de: maçã, morango, framboesa, mirtilo; maçã combinada com framboesa, cereja, mirtilo, morango, laranja, cenoura, noz e castanhas; abóbora e abóbora com noz.
Os doces têm a consistência, o sabor e a leveza típicos da confecção tradicional e são de cuidada produção, sem corantes, sem conservantes e sem excesso de açúcar, tendo por base a Maçã da Beira Alta, certificada.
Os frascos possuem uma etiqueta indicativa dos ingredientes, peso, prazo de validade, lote, código de barras e simbologia necessária (Ponto Verde, etc).
Para eventual oferta, os doces poderão apresentar-se em:
- Caixas de cartão micro envolvidas em celofane(2 e 4 unidades) ;
- Caixas cilíndricas de acetato transparente (2 ou 3 unidades);
- Cestos de vime (3 a 5 unidades);
- Sacos de pano (1 ou 2 unidades).
Para transporte, os Doces são acondicionados em caixas expositoras (12 unidades). Qualquer caixa poderá incluir um pano individual com motivos estampados. Os bolinhos secos são fornecidos em pacotes apropriados.
Para confecção artesanal de produtos gastronómicos foi construída uma Cozinha Licenciada (Lic. 253/2011). A instalação de um Apiário (2007) para auxiliar a polinização do pomar veio permitir a produção do Mel.
Como aproveitamento de alguma Maçã Bravo, sem valor comercial, produzimos na Quinta o Licor de Maçã Bravo. Também conservamos Azeitona utilizando métodos tradicionais.
Um cavalo (garrano) e uma cadela (podenga) marcam a presença das raças portuguesas.
Contactos
Tlm.:
966 466 235 | 963 755 952
Morada:
Quinta da Eira Velha
Trav. das Pinheiras N.º 1 - Carquejal
3510-811 Torredeita
quintadaeiravelha@sapo.pt